Livros para o Vestibular da Fuvest 2020 4p3d5s

Obras literárias são cobradas nas provas de Língua Portuguesa e Literatura 4q72g

Inscritos no Vestibular 2020 da Fuvest, o maior do país, e que oferece vagas para a Universidade de São Paulo (USP) terão que ler nove obras literárias. 6w2q1a

Os livros serão cobrados nas provas de Língua Portuguesa e Literatura. Professores do Sistema de Ensino Poliedro realizaram um resumo das obras. Confira!

A Relíquia, de Eça de Queirós 4ho1

Há na história uma crítica ao clero, pois o personagem central, Raposo, herdeiro de uma tia rica e beata, é encarregado por ela de participar numa missão religiosa à Terra Santa. Há, nesta jornada, uma misteriosa e mística revelação, em que Raposo presencia o martírio de Jesus Cristo e descobre que a história conhecida por todos não ocorreu como descrito. Para não frustrar a tia devota, ele tenta manter a história nos conformes daquilo que prega a Igreja e traz uma "relíquia sagrada" para ela, visando garantir sua herança.

Angústia, de Graciliano Ramos k4p1o

Muito próximo de Crime e castigo (do autor Fiódor Dostoiévski, de 1866), mas sem possuir o amor como caminho da salvação, a obra de Graciliano Ramos é um estudo completo da frustração, nos apresentando abertamente o ser humano em seus piores defeitos.

Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade 6f221c

Os 41 poemas mostram um certo desencanto e desilusão, a uma busca de respostas no cerne do próprio ser. Os versos também se renovam quanto a estética, cedendo lugar a uma retórica mais clássica e formal, deixando de lado o coloquial e trabalhando um viés mais filosófico e clássico.

Mayombe, de Pepetela 2p296l

Mayombe refere-se a uma região montanhosa que se espalha por diferentes países africanos, entre os quais Angola, terra natal do autor do livro. O título, de certa forma, retrata a diversidade étnica e tribal dos guerrilheiros unidos em prol de um objetivo maior: a luta revolucionária. Narrativa de cunho histórico, é também uma crítica aos erros cometidos pelos movimentos libertários como o machismo, a corrupção e o racismo.

Minha Vida de Menina, de Helena Morley (pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant) 7172c

Apresenta relatos do cotidiano, numa linguagem franca, em que a autora, ainda adolescente, retrata Diamantina/MG, no final do século XIX, marcada pela decadência da mineração. Há, nesta narrativa, composta na forma de um diário, desde histórias pitorescas que apresentam personagens marcantes (como o padre, a negra contadora de histórias e o bebum) até aspectos da vida familiar, do trabalho e da religiosidade num texto leve, interessante e agradável para os leitores.

O Cortiço, de Aluísio Azevedo l2y5i

O livro nos coloca no entorno das habitações insalubres do Rio de Janeiro no início do século XX. Esta insalubridade está presente no espaço e afeta a alma das pessoas, em especial do locatário dos casebres e de seu vizinho rico que deseja o terreno onde fica o cortiço. Vivem-se os dramas, mas há espaço também para a alegria e a esperança. A trama é alimentada por embates em que a ambição, as traições e a inveja são componentes marcantes, características da teoria naturalista.

Poemas Escolhidos, de Gregório de Matos  ro21

A obra caracteriza o autor como voz importante não só na literatura, mas também na sociedade do século XVII, ao apresentar de forma mordaz a realidade de sua sociedade; o livro é a representação das modalidades cultivadas pelo autor: a lírica amorosa, religiosa e a satírica, sendo a última responsável pelo apelido de “Boca do inferno”.

Quincas Borba, de Machado de Assis 5065o

Apresenta-nos, mais uma vez, com ironia, a questão das relações humanas através de seus personagens: seja pelo oportunismo de Sofia e Palha ou pela loucura que toma Rubião. Como um todo, vemos a concretização da máxima do Humanitismo: “Ao vencedor, as batatas”, ou seja, o mais forte é aquele que sobrevive.

Sagarana, de Guimarães Rosa 66354s

Obra composta por contos, que dentro de uma esfera regional, no âmbito das Minas Gerais, trabalha em cada história temas de interesse universal, sem deixar de abrir espaço e consolidar imagens claras em relação ao Brasil. O caráter humano desta produção de Guimarães Rosa transparece nas paixões, inveja, raiva, amor, superação, insegurança e valentia de protagonistas como Augusto Matraga, Manuel Fulô, o burrinho pedrês, entre outros.

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Fonte: Brasil Escola - /fuvest/livros-para-vestibular-fuvest-2020.htm